terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pássaro.


Doce criatura que de tão indefesa é fadada a gaiola.
O prendem e seu lugar que era tão azul, tão vasto, tão limpo, vira cinza, enferrujado, sujo e fixo.
Seu canto - ah aquele que seria o mais belo de todas as manhãs, vira uma obrigação. Quem o aprisiona quer ouvir seu canto, muitas vezes modelando a maneira como tal criaturazinha irá cantar. Que coisa chata! Cantar livremente pelo azul era muito mais doce.
O pequeno ser acaba por se acostumar. Ali tem comida, tem água e tem atenção.
Seu colorido funde-se com o colorido da parede em que seu "lar" está afixado e seu vôo se delimita pelas grades.
A tal rotina será seu fardo, sem ter como escapar.
Quando, por sorte, um deslize ocorre e parte do metal enferrujado possui uma brecha, o animalzinho voa e escapa querendo recuperar o seu tão querido azul.
Tão desejado vôo...respira enfim o ar da liberdade e alimenta-se onde quiser.
Pousa sobre galhos altos, pousa onde quiser e canta para si só, o mais bonito canto que já ousou criar.
E seus dias preso tornam-se passado.
Foge de qualquer possibilidade de prisão.
Seu colorido toma graça em meio a tantas cores que o valorizam.
Só quer saber de voar, cantar, comer e brincar de ser feliz...
Nada de gaiolas, nada de prisão.
Nasceu para ser livre, alçando vôos sem traçar rota nenhuma.

2 comentários:

  1. Triste, ver a liberdade de voar ser aprisionada.

    Obrigada por me seguir, estou te seguindo também *-* Beijos;

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  2. Não sou fã de pássaros, mas eles são livres e frágeis..
    admiro-os!

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