quinta-feira, 5 de maio de 2011

Riso

Ela sabe cozinhar.
Sabe conversar, falar em público.
Gosta de estudar, de ler, de escrever.
Sabe andar de salto alto com elegância.
Debate sobre diversos assuntos.
Ouve música de boa qualidade.
Não tem frescuras, não tem preconceitos.
Come de quase tudo.
Faz amizade fácil.
Sabe beber socialmente, sabe perder a cabeça.
É carinhosa.
É divertida.
Pode até ser impaciente, irritadiça, preguiçosa e possuir o gênio forte, mas não deixa de saber o que quer e acima de tudo o que não quer.
Qualidades, ela pode possuir inúmeras mas parece que isso é pouco, é pouco perto da sua maior fraqueza, a de ser sensível.
Mas segue assim, sem saber como ser diferente.
Quem sabe não é exatamente essa sua maior qualidade?
Ou é aquilo que te tira do foco e faz enxergar o que está dentro do coração.
Seria bom? Não seria?
Deixar passar despercebido aquilo que insiste em pulsar, em doer, em cortar?
Deixa pra lá, subir no salto e continuar a caminhada com um belo sorriso faz com que esqueça todos os poréns de um simples defeito.
Quem sabe um dia por aí, alguém a veja sorrindo e queira descobrir que atrás daquele sorriso há tantas coisas apaixonantes e sinceramente verdadeiras.
Enquanto isso continua, caminha, cozinha, ouve músicas, diverte-se e ri, assim como faz todos os dias...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pseudos.

Deitada na cama, ela adorava perder seu tempo ouvindo as teorias inúteis que ele insistia em tirar sei lá de onde.
Se fazia de burra, acenava com a cabeça e arregalava os olhos como se nunca tivesse ouvido aquilo. De fato, nunca tinha ouvido tamanha besteira, mas da boca dele, era como se fosse uma poesia.
Ria com suas piadas sem graça, ouvia as histórias nunca vividas, confabulava com as suposições mais ridículas do universo mas o fazia deliciosamente feliz.
Em meio de tanta baboseira, ela se via perdida naqueles braços e era isso que a fazia feliz.
Ele realmente achava que ela entendia o que queria dizer, quando na verdade, nem ele sabia como podia inventar tanta coisa para prendê-la mais um pouco em seus braços.
Não sabia se a graça se encontrava em ele achar que estava realmente a enganando com sua pseudoperspicácia ou no papel medíocre que se prestava para perder suas horas ao lado daquele homem.
Ah mas não queria saber de outra coisa... só queria apoiar a cabeça em sua mão e não ouvir nada do que era dito, queria apenas apreciar aquele sorriso lindo...
Perdiam ali horas...dias...anos!
E assim me pergunto: Qual dos dois é o mais inocente? Aquela que se faz de desentendida para ter a atenção ou aquele que se faz de sabichão pensando que ela o acha o ser mais inteligente do universo?
Inocência em nenhuma das partes, interesse em todas.
Um interesse que une perfeitamente um casal, um casal que de comum, tem apenas o sorriso.
E isso basta.
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Quanto tempo sem postar, Angélica!

Pois é, nem sei se alguém ainda lê esse blog mas aos que ainda me acompanham peço desculpas pela ausência!
Não andava muito bem para postar, acho que nem para pensar.
Volto com uma historinha "mamão com açúcar" para preparar o terreno para coisas "novas".

=]

Fico por aqui, mas antes pergunto: Vocês ainda estão por aí?

Beijos!