sexta-feira, 4 de março de 2011

Colombina.


Em meio a tantas máscaras a Colombina se viu sozinha.
Pela primeira vez ela não sabe qual máscara esconde o rosto do verdadeiro Pierrot, mesmo porque não há Pierrot algum, muito menos Arlequim.
Há muito ela não ia a um baile desacompanhada e muito menos sem expectativa alguma.
Estava ali no meio do salão pronta para conduzir sua própria dança, sem malícias, sem paixão, simplesmente estava pronta para dançar, autodançar.
Naquele carnaval ela não queria apaixonar-se, aliás era a última coisa que ela queria por um bom tempo.
Marchinhas, brilho, serpentinas, confetes e fantasias...
Finalmente ela poderia vestir sua fantasia e se esconder do seu verdadeiro eu. Sua fantasia tem muito mais pompa e circunstância!
Que linda que ela está, que linda dançando, que linda, que linda, que linda...
Sorri sem motivos. O rosto que não via mais sorrisos se sentiu presenteado com aquele ato de felicidade.
E ela dança, gira, sacode os cabelos e se balança no ritmo do próprio coração.
Aquela menina que andava tão triste, conseguiu com sua alegria contagiar o salão e todos aqueles rostos tristes escondidos por máscaras em instantes tomaram a verdadeira forma do carnaval: FELICIDADE!!!!!!!!!
E a Colombina que só queria um amor e andava tão triste por isso, o encontra em seus próprios braços e se abraça! Ninguém vai conseguir fazê-la tão feliz naqueles e nos próximos carnavais como ela mesma!



"Essa menina não quer mais saber de mal-me-quer." (Los Hermanos)